sábado, 19 de maio de 2012

A arte de amamentar


Sempre quis casar, ter filhos e amamentar, na teoria, porque na verdade, nunca me vi alimentando um ser com algo que saia do meu corpo. Mas quando fiquei grávida, não pensei muito nisso, e quando o Felipe nasceu e amamentou pela primeira vez foi muito emocionante, difícil, mas emocionante.
Os primeiros dias realmente não foram fáceis, o bico do peito feriu (mas nada que uma pomada não pôde resolver), o peito inchava de leite e o Felipe não conseguia mamar de direito e doía bastante.
Com o tempo as coisas melhorando, foi começando a entrar na rotina, se ajustando aos poucos. O Felipe sempre mamou na hora que ele quis. Aqui é livre demanda, hoje ele tá com 3 meses e 20 dias - quero amamentá-lo pelo menos até seus 2 anos -, mama bastante e sou muito feliz por isso.
O aleitamento materno estabelece uma conexão entre a mãe e o filho como nenhuma outra, tanto que o Felipe mama não só quando tá com fome, mas quando tá nervoso, com dor, com sono... E a única vez que eu precisei sair e tirei meu leite pra dar em um copinho pra ele, foi um escândalo, ele não aceitou de maneira nenhum, ficou sem tomar o leite e chorou até dormir (depois dessa não tive coragem de deixá-lo sem mim). Sofro por antecipação pensando em como será quando foi incluída as papinhas na alimentação dele.
E nem é preciso falar do bem que faz pro bebê ser alimentar do colostro nos primeiros dias, e o leite que protege de tantas doenças como pneumonia, meningite, bronquiolites, tem tantas proteínas, anticorpos que nenhuma fórmula de leite em pó pode dar a ele.
A mãe e o filho só tem a ganhar com o aleitamento materno, e se dependesse de mim não existiriam mamadeiras todas as mães amamentariam pelo bem das nossas crianças! 

Tantas polêmicas são criadas ao redor da amamentação, que me assusta, como os comentários que  li sobre a capa da revista americana Time que mostra uma mãe amamentando seu filho de 3 anos. Sinceramente? Enquanto quiser mamar, ele vai mamar e ponto final. Esse papo de que bebês que mamam até ficarem maiores traz problemas psicológicos é um dos papos mais furados que já vi.
Amamentar é um ato de amor para com a criança, e quem pode fazê-lo não tem porque decidir não o fazer. 



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