quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Coisas soltas

A cada dia que passa eu desencano mais em relação à opinião dos outros mas ao mesmo tempo fico armada com todo mundo, tô sempre na defensiva, só  esperando a primeira pessoa que passar na minha frente e falar que o Felipe tá comendo pouco, ou que ele já devia estar tomando Danoninho (?) ou que ele mama demais. Eu já não levo a sério nem dez por cento do que escuto sobre o que eu deveria fazer ou não, e normalmente esses palpites mais absurdos vem de gente que eu mal conheço.
Se você é uma mãe "nova", você não sabe cuidar de nem você. Mas se você já não é tão nova tem que ouvir que "não tá mais na idade de aprender a cuidar de um bebê". Isso é mais do que falta de respeito e fico realmente chateada de passar por isso e ver que não é só comigo. 
Meu filho tá aqui lindo, saudável, se desenvolvendo cada dias mais, em seus plenos oitos meses está tentando andar, enfim tudo ótimo e me aparece uma sujeita na rua dizendo que eu não sei nem segurá-lo direito. Olha, me desculpem a expressão mas vá pra puta que pariu porque aqui não tem MÃEZINHA, tem é uma mãe que faz tudo para ser um mãezona que tem que dar conta de casa, comida, roupa e principalmente do Felipe, que é o mais importante! E eu prefiro deixar casa suja, comida pra fazer e roupa pra lavar de lado do que deixar o pequeno chorando no berço.
E eu quero ver quem é que vai me convencer que deixar ele chorando é a melhor opção, ou que se ele não dormir sozinho agora, nunca vai sair da minha cama. 
Cheguei a conclusão que se as coisas estão boas pra gente, não tenho que fazer diferente só porque a dona maricota disse que tinha que ser diferente.

E agora eu vi que tá tudo meio confuso, sobre tudo e sobre nada, tudo embaralhado,cheio de pontas soltas e sem muito sentido, mas é porque meus pensamentos tão assim, cheio de coisa pra pôr pra fora mas sem uma forma clara de fazer isso. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Baby hit

Perna pra cima
Cintura solta
Deixa a mamãe
Limpar a bundinha
Do Felipinho!
Não se mexa agora
É rapidinho
Que coisa boa
Trocar fraldinha! 

Ok, só eu sei cantar isso no ritmo da música "Dançar com tudo", mas me deixa gente, é o baby hit do Felipe pra eu conseguir trocar a fralda dele!
De cantora de intervalo na escola, agora eu sou cantora particular do Felipe e ele vai ter que me aguentar! MUAHAHA

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mama na mamãe


...vou desligar a TV. tenho que lavar a louça do almoço. huum, fazer minha unha. e essas sobrancelhas que tão se tornando uma. passar aquela roupa do Felipe que lavei já tem duas semanas, nossa, tinha esquecido...   fazer a redação pra aula de francês. procurar aquela roupa que tá perdida. mas antes eu vou fazer um suco bem gelado. aproveitar pra ver um filme. arrumar a cama também que não arrumei até agora. mandar uma mensagem pra fulana, que saudade... ligar pra minha mãe também. tomar um banho bem demorado. e depois vou...
-ufa, parou de mamar, enquanto ele dorme vou fazer... ? o que eu ia fazer mesmo?
1 minuto depois:
- Felipe acorda chorando.

Huuum, esperar ele dormir pra me planejar de novo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hei de vê-lo andar, falar, sorrir

E então quando ele crescer
Vai ter que ser homem de bem
Vou ensina-lo a viver
Onde ninguém é de ninguém
Vai ter que amar a liberdade
Só vai cantar em tom maior
Vai ter a felicidade de
Ver um Brasil melhor


(Tom Maior - Martinho da Vila)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Quais metas eu consegui alcançar?

Durante minha gestação eu tracei planos, planejei metas, criei listas e hoje, após quase sete meses do nascimento do Felipe eu parei para pensar um pouco sobre o que foi projetado na minha cabeça e o que foi realizado.
Vamos lá!
Amamentação exclusiva durante seis meses: Eu desejei que fosse assim desde o início e aos trancos e barrancos, conselhos e opiniões contrárias, acessos de raiva e muitas crises de impaciência, eu consegui. E eu falo isso com o maior orgulho porque sei que essa atitude que eu tomei faz e continuará fazendo um imenso bem na vida dele. Mas não posso dizer que não fraquejei em nenhum momento, mas posso dizer que consegui resistir a todas as minhas outras vontades por causa da AE, sem falar que o esforço não foi só meu, já que o Marcius ficou sempre me apoiando e me dando forças para continuar. Agora que o Felipe tá comendo, ainda mama mais do que come, e meu desejo é de amamentar enquanto eu puder e ele quiser!

NO mamadeira, NO chupeta: os primeiros seis meses foi leite direto da fonte sempre, com exceção de duas vezes que tive que sair e deixá-lo com minha mãe. Ordenhei meu leite e ele tomou no copo, o que é muito mais trabalhoso porque ele derrama mais da metade do leite, mas eu não quis correr o risco de dar mamadeira e ele não querer mais mamar no peito; agora que ele toma suco e água, também é no copo e hoje tivemos mais um conquista: tomou suco sugando pelo canudo (fiquei toda boba, muito feliz!)... E com a senhora chupeta, resistimos bravamente, foram seis de muito choro noite&dia sem parar, "chupetando" no meu peito por horas a fio e quase me enlouquecendo. E é nesse ponto que jamais posso dizer que consegui sozinha e que foi fácil. Sem o Marcius do meu lado, o Felipe já estaria na chupeta a séculos, porque tem horas que me bate um desespero louco por causa do choro incessante dele, ainda mais à noite quando quer dormir mamando continuamente durante toda a noite, tanto que já cheguei a falar pro Marcius que "para ele era fácil não querer dar chupeta, já que era eu quem sofria noite e dia", e olha que a necessidade de dar chupeta para ele não é desde quando ele nasceu, é de um à dois meses para cá. O que fortalece a resistência é pensar que se eu já agüentei seis meses, dar chupeta agora é burrice. Ah, sem falar que a gente não comprou nenhuma para não cair em tentação e isso foi muito importante para o sucesso da missão NO CHUPETA. rs

Dormir sozinho no berço: E é aqui que acaba o sucesso absoluto da minhas pretensões. O Felipe dormiu sozinha desde a primeira noite até o quarto mês, e teria continuado assim se eu tivesse me mantido firme nos meus propósitos, mas o cansaço que eu sentia quando ele acordava à noite para mamar e eu tinha que me levantar, ir até o quarto dele e ficar sentadinha lá amamentando, me fez começar a trazê-lo para minha cama quando ele acordava, até que um belo dia ele não aceitou mais dormir no berço e agora estamos aqui, nós três, compartilhando a cama. Mas planos para mudar isso já estão sendo traçados, torçam por mim :D

Deixar a casa impecavelmente limpa enquanto cuido dele: hahahaha nem nos meus melhores dias consigo fazer o que pensei em fazer. Nunca pensei que fosse tão difícil fazer as tarefas domésticas, cuidar de um bebê e fazer comida (para mim e para ele)! Gente, socorro! Desde quando o Felipe começou a comer, eu não sei mais o que é almoçar na hora e até mesmo almoçar, tem dias que quando anoitece eu me lembro que não comi praticamente nada. Mas isso também é bem culpa minha que tenho muita dificuldade com rotinas e acordar cedo. Eu simplesmente desacostumei a acordar antes das dez da manhã. Eu sei bem que isso é vergonhoso, mas só eu sei o quanto luto para entrar numa rotina que comece às oito manhã. E tudo isso atrapalha o Felipe que fica com os horários todos trocados por causa da mãe de merda que ele tem. E por essas e outras já pensei em mil possibilidades para melhorar as coisas aqui em casa, inclusive em colocá-lo em um berçário por saber que lá tem pessoas muito mais preparadas para cuidar de crianças do que eu, porque sinceramente, tem dias que me acho a maior incompetente do mundo por não conseguir fazer tudo, ainda mais quando lembro que tem mães solteiras por aí cuidando de três crianças enquanto eu mal dou conta de mim... Mas esse senrtimento logo depois passa e o que eu não quero de forma alguma é ficar longe dele. Eu tô tentando melhorar e espero que eu consiga ir evoluindo com o tempo, a prática e a experiência.

Se eu lembrar de mais algumas coisas que me propus fazer, acrescentarei aqui, até como uma forma de ver a minha evolução quando o tema é maternidade.
Daqui em diante, metas e projetos surgirão na vida como nuca e na maioria da vezes, serão desafiadores. Espero sempre poder realizá-los e ajustá-los conforme a vida vai pedindo. Não me acho a melhor, nem a pior mãe do mundo - exceto nesses momentos loucos já descritos aí - e tento melhorar a cada dia, por mim, pelo Felipe e pelo bem da minha família. Assim a gente vai seguindo: vivendo e aprendendo.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não basta querer

Acho que a maioria das primeiras vezes não são lá a melhor coisa do mundo, talvez justamente por ser a primeira vez, onde se sofre adaptações para viver situações e emoções nunca vividas antes. E mesmo quando tento me preparar para o que virá a acontecer, não dá, porque eu não sei o que esperar de algo que nunca vivi.
Durante toda a gestação eu não me dei ao trabalho de pesquisar sobre partos, normal ou cesária, porque para mim não havia alternativas já que eu havia decidido que eu teria um parto normal e que para isso só precisava esperar os nove meses e tudo aconteceria naturalmente. E eu acho que realmente deveria ser assim, se é da natureza da mulher parir, porque tanta expectativa, tanto preparo com exercícios, cursos e pessoas te ajudando para dar apoio emocional na hora 'P'? Se é natural deveria ser como qualquer outra coisa que a gente faz sem precisar de preparos especiais para isso. Mas, depois da minha cesária eu descobri que não é assim, e que se eu tivesse me preparado para o meu parto, provavelmente eu o teria tido.
Não tenho arrependimento ou remorso sobre o que eu vivi, a cesária que eu fiz não me trouxe nada de negativo, aliás, trouxe o que eu tenho de melhor: o meu filho saudável que está aqui do meu lado sorrindo e brincando. Mas da próxima vez não quero uma cirurgia se eu puder ter um parto! Mas quero diferente de tudo da primeira vez começando pela gestação. Quero menos opiniões, quero menos conselhos, quero menos histórias de vida , de parto, de tragédia, menos "pressão" sobre a minha decisão e o porque dela. Quero entender e estudar mais sobre aquilo que eu acho que não precisaria ser estudado se nós não vivêssemos numa sociedade onde o parto é visto como uma mercadoria que por não ser 'lucrativa' para os médicos e planos de saúde, abre espaço para a cesária eletiva .
Eu não sou contra a cesária e sou contra inclusive a quem fica aterrorizando as mulheres grávidas e condenando as mães que escolheram ou tiveram que fazê-la, e digo mais, o pior de ter feito a cesária foi ter que ouvir os comentários que eu ouvi antes e depois da cirurgia, não dá para aguentar!
A experiência que eu adquiri depois de inúmeras primeiras vezes em diferentes coisas da vida me deixa a vontade para saber o que eu quero, como eu quero e se eu quero vivê-la novamente. E a melhor bagagem que a gente ganha é a informação adquirida e eu espero que as mulheres que passam pela experiência de ser mãe saibam desde o começo que para fazer acontecer tem que saber, não basta somente querer.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Manifesto pela Amamentação








Manifesto pelo direito das mães de não serem separadas de seus filhos logo após o seu nascimento e de permanecerem com eles o tempo todo pelo menos durante a primeira hora após o parto. Um recém-nascido não deve ser afastado de sua mãe, a não ser em períodos muito breves, em caso de extrema necessidade, e não deve ser deixado em berçários.

Manifesto pelo repúdio à alimentação artificial em maternidades, sem indicação clínica, quando a criança está apta a mamar e a mãe, disponível para amamentar. Água glicosada ou qualquer outro recurso que prejudique o reflexo de sucção do bebê são inaceitáveis.

Manifesto pelo direito das mães com dificuldades para amamentar de receberem apoio e orientação adequados por parte dos profissionais de saúde e da família. Mães com dificuldades de amamentação precisam de encorajamento e solidariedade.

Manifesto pelo direito das mães de amamentarem em livre demanda, sem serem desencorajadas por profissionais de saúde ou parentes sob o argumento de que os bebês têm de ter hora para mamar. Os bebês têm direito ao seio sempre que necessitarem, de dia ou de noite.

Manifesto pelo direito das lactantes de não serem pressionadas por parentes, profissionais de saúde, amigos ou conhecidos a oferecerem mamadeiras e chupetas. As mães são as principais responsáveis pelos cuidados com os seus filhos e devem ter o direito de alimentá-los de forma natural e instintiva.

Manifesto pela urgência de os pediatras serem profissionais e éticos ao interpretarem as curvas de crescimento, sem indicar alimentação complementar precoce a um bebê saudável simplesmente porque ele não se encaixa no padrão médio. Cabe aos médicos avaliarem se alterações nos padrões de engorda ou de crescimento são patológicos ou fisiológicos.

Manifesto pelo direito de uma mãe de manter o aleitamento exclusivo durante os seis primeiros meses de vida de seu bebê, sem ser assediada por parentes, profissionais de saúde, amigos ou conhecidos para que ofereça outros alimentos sem necessidade.

Manifesto pelo direito das mães que trabalham fora de casa de terem em seu ambiente de trabalho um local adequado, com higiene e condições de armazenamento do leite, para fazer a ordenha, seja para alívio das mamas, para a estocagem de leite a ser oferecido a seu filho na sua ausência ou para doação aos bancos de leite. As empresas devem oferecer condições para que suas funcionárias mantenham o aleitamento após seu retorno ao trabalho, seja flexibilizando seus horários, mantendo creches em seus recintos, instalando salas de ordenha ou permitindo que a criança seja trazida à mãe para receber o seio.

Manifesto pelo direito de toda mulher que trabalha fora de casa a gozar de uma licença maternidade de seis meses. Seu retorno ao trabalho também deveria ser facilitado, com possibilidade de redução de jornada com o recebimento proporcional do pagamento ou flexibilização de horários.

Manifesto pelo direito dos bebês de serem amamentados enquanto necessitarem, mesmo que esse tempo supere o período considerado aceitável pela nossa sociedade.

Manifesto pelo direito de as mães amamentarem seus filhos em público, quando necessário, sem serem condenadas por pudores hipócritas.

Manifesto pelo direito de as mães amamentarem durante a gestação, ou amamentarem mais de uma criança simultaneamente, sem serem ameaçadas com dados inverídicos acerca de efeitos nocivos para a criança que mama ou para o feto.

Manifesto pelo direito de as mães amamentarem livremente, e de os bebês mamarem livremente, sem serem alvo de preconceito ou ignorância.



Lia Miranda.

http://sacodefarinha.blogspot.com.br

terça-feira, 10 de julho de 2012

Síndrome do Bebê Sacudido



Eu nunca tinha escutado falar dessa síndrome e quando meu pai comentou sobre isso depois de ver uma reportagem no Fantástico sobre ela, eu achei o nome engraçado e não me passava nenhuma seriedade sobre a mesma, mas aí resolvi pesquisar sobre isso e fiquei assustada. Essa síndrome é bem séria, na maioria das vezes é grave e muito pouco conhecida, fiquei perguntando às pessoas ao meu redor se elas conheciam e assim como eu nunca tinham ouvido falar, por isso achei importante escrever sobre isso e alertar as pessoas para que também pesquisem e se informem.

Essa síndrome se refere à lesões que podem vir a acontecer quando o bebê é sacudido para frente e para trás com força, na maioria às vezes quando a pessoa que está com o bebê fica sem paciência porque o bebê não para de chorar, mas também pode acontecer em brincadeiras em que sacode o bebê da mesma forma.


Esse ato faz com que aconteçam hemorragias, inchaço do cérebro e lesões porque entre o crânio e o cérebro do bebê tem um espaço para o crescimento da massa encefálica. E as consequências podem ser bem sérias como a cegueira, convulsões, lesões na coluna vertebral e algumas vezes pode até chegar à morte.
O que me espanta é que uma coisa tão séria como essa não é divulgada, os médicos não falam e nós ficamos aqui sem saber do que se trata. Há casos que a síndrome passa despercebida e a criança tem atraso no desenvolvimento sem que o diagnóstico seja relacionado à "sacudidas".

Aqui em baixo um vídeo que mostra o que acontece com o bebê na hora das sacudidas:


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Retrocedendo




A uns vinte anos atrás minha irmã usava fraldas de pano e minha mãe ralava tendo que lavar tudo a mão, quando eu nasci já era fralda descartável, acho que isso deve ter deixado minha mãe aliviada. E imagino também que as fraldas descartáveis devem ter revolucionado na época, uma verdadeira maravilha.
Mas de uns anos para cá a fralda de pano voltou à cena com formato de fralda descartável, botões ou velcro para fechá-la e absorvente que pode ser lavado na máquina de lavar. Tudo que as mães ecológicas queriam: a facilidade da fralda descartável sem jogar duas mil fraldas no lixo por ano. Mas essa história de que a fralda de pano é ecologicamente correta logo foi desmentida pelos ecologistas porque a água que é gasta para lavar tantas fraldas traria um prejuízo ao meio ambiente comparável ao uso das descartáveis. Eu particularmente acho que essa discussão é em vão porque lixo a gente vai sempre produzir e água sempre iremos gastar, mas o que me fez escrever sobre isso é porque eu gostaria de ter usado fralda de pano no Felipe desde o começo...
Em média o Felipe usa cinco fraldas por dia, portanto quase dois mil por ano, comprando pacotes de 50 fraldas por R$35,00 são R$3000,00 em dois anos contra umas 17 fraldas de cada tamanho que custam mais ou menos R$45,00 que ficaria mais ou menos R$1500,00, os gastos seriam cortados pela metade.
E o que vem nos assombrando também são as alergias que ele teve, primeiro das fraldas Turma da Mônica, depois da Cremer, esse problema com os perfumes nós não teríamos com as fraldinhas de pano. Sem falar que eu achei super fofas as estampas das fraldas...
Mas acredito que precise de um certo planejamento para fazer o enxoval de fraldas de pano que a longo prazo se torna mais barata mas que exige um certo investimento para comprá-las. Para o Felipe já descartei essa ideia mas quem sabe para os próximos filhos, né?! E vocês o que acham? Comenta aqui ;)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O futuro que queremos?

Muito têm se falado sobre aquecimento global, efeito estufa e recursos naturais escassos, mas até que ponto isso é motivo para preocupação? Até que ponto que isso não passa de alarmismo dos governantes para desviar as atenções das prioridades reais?

Desde o 16 até o dia 23 desse mês acontece o Rio + 20 que segundo a ONU visa assegurar um comprometimento político com o desenvolvimento sustentável, mas como acreditar que a mesma Organização que ocupa o o Haiti com tropas militares, que permite a política de guerras no Iraque e no Afeganistão, a mesma organização que ''criou" o mercado de carbono que só faz gerar lucro em cima da emissão de gás, esteja interessado em erradicar a pobreza e fazer com que os países tenham um desenvolvimento sustentável? Não, não dá para acreditar.
Nossos filhos não precisam conferências que só discutem assuntos que interessam aos capitalistas e imperialistas, com o pretexto de discutir e chegar a uma conclusão sobre "o futuro que queremos", precisamos mesmo é da luta de classes, com a vitória dos trabalhadores e da juventude, que pode abrir uma saída positiva para a humanidade e “salvar o planeta”.
O futuro que eu quero é uma sociedade verdadeiramente justa, com a verdadeira erradicação da pobreza e isso não acontecerá em negociações entre organizações que tem um histórico de luta ao lado do povo com instituições que estão a serviço do imperialismo, como será a Cúpula dos Povos na Rio+20.

Acho que devemos sim não desperdiçar água, energia, não jogar lixo nas ruas, não desmatar , enfim todas essas atitudes ecologicamente corretas que todo mundo tá cansado de ouvir, mas vale ressaltar que os maiores poluidores são as indústrias, as empresas que jogam óleo nos oceanos e não nós que temos que tomar banho de um minuto e meio para que água do planeta não acabe... 


Vi uma entrevista muito interessante com um climatologista no Programa do Jô que vale muita a pena ser vista:


E que lutemos para construir de verdade o futuro que queremos para nossos filhos.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Meu bebê sempre em primeiro lugar


Minha gravidez teve muitas emoções e com um amor que crescia cada dia mais, e na hora que o Felipe nasceu foi mais uma bomba de emoção e felicidade explodindo em mim, mas nada se compara a cada dia vivido ao lado do meu Felipe, nada se compara a ver meu filho sorrindo e se desenvolvendo cada dia que passa.
Antes de defender qualquer posição, antes de escolher um lado pra ficar, antes de qualquer coisa, eu defendo o bem-estar da mãe e da criança durante e depois da gestação. Por isso acho que o parto não é algo que deva ser decidido somente pela mulher, porque não se trata somente dela.  Não sou a favor de cesárias eletivas, não sou contra partos domiciliares, mas também não cabe a mim ser contra a escolha de nenhuma mulher sobre o parto que ela deve ter, desde que não seja visto somente o lado dela, mas principalmente o do filho - que é a pessoinha que mais interessa no fim de tudo isso-. Tudo tem seus riscos e dizer que partos domiciliares é querer correr riscos não é verdade, e como disse uma doula que eu conheço, para morrer basta estar vivo, você pode tá andando na rua e um piano cair na sua cabeça... É raro, mas pode acontecer. Assim como partos domiciliares podem ocorrer complicações, cesárias também, por se tratar de uma cirurgia, muito invasiva, por sinal. Mas tudo tem suas condições e situações. Eu não creio que seja sensato uma grávida que ficou seus noves meses tendo complicações querer fazer seu parto em casa com a ajuda somente da "providência divina"...  Além do quadro médico da gestante e do bebê que tem que estar tudo ok,  tem que ter uma estrutura para emergências, pessoas capacitadas e preparadas para auxiliar, como enfermeiras ou doulas, não basta só o sonho de criança da mãe de querer ter seu filho no seu ninho e ponto final, sério, não dá. Assim como eu também acho uma irresponsabilidade marcar a cesárea para a data e horário mais convenientes pra mãe ou pro médico, é uma barbaridade não deixar que seu filho venha ao mundo na hora certa, e é daí que nasce os bebês pequenos porque pela conta do médico já estava com 39 semanas, mas na verdade eram só 36. Ou dizer que marcou a cesária pra poder se organizar, tirar as últimas fotos, arrumar cabelo, unha... Nos dois casos acho muito egoísmo da mãe não pensar na saúde do filho.
Eu quero ter outros filhos, e espero que seja parto natural, assim como quis que fosse da primeira vez, mas não colocarei em risco meu filho, assim como não fiz com o primeiro e aceitei as coisas como tinham que ser, mesmo que não fosse o que eu queria.

E por isso defendo o direito de escolher da mãe, sem esquecer que a saúde e o bem-estar do bebê vem em primeiro lugar. E mesmo que minha posição seja diferente, eu defendo o direito de quem quer e pode parir em casa. Nos dias 16 e 17 vai acontecer a Marcha do Parto em Casa em várias cidades e aqui em Brasília será no dia 17, próximo ao Quiosque do Atleta no Parque da Cidade às 09h30m.



quinta-feira, 7 de junho de 2012

Muitas primeiras vezes

A primeira vez que eu o vi, a primeira vez que ele me olhou, a primeira vez que ele levantou a cabeça quando foi colocado de bruços, a primeira vez que ele sorriu e agora a primeira vez que ele falou "mama". Todas essas primeiras vezes foram muito especiais, mas todas as vezes são tão lindas como a primeira e não há explicação pro tamanho da alegria de ver esse bebê crescendo e se desenvolvendo. Ainda haverá muitas primeiras vezes na nossa vida e meu amor só aumenta a cada uma delas. Te amo muito Felipe!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Idade versus maturidade

Faz parte da natureza humana achar que tem o direito de julgar o outro, de querer se meter na vida ajudar o outro sem ao menos saber do que outro precisa, querer dar conselhos sem ao menos saber o que se passa na vida do outro, mas a verdade é que ninguém deveria sequer dar palpite em assuntos que não lhe diz respeito, pelo menos eu gostaria que fosse assim quando se tratasse da minha vida. Muita gente não faz por mal, mas sinceramente, esses me incomodam do mesmo jeito ou até mais do que se o fizesse por mal. Não digo ser eu a pessoa que não precisa de conselhos, ajuda, a dona da verdade absoluta, mas se eu quiser ajuda, eu a procuro; se eu quiser opiniões, eu pergunto, se eu precisar de conselho, eu converso com uma psicóloga, com minha família (lê-se mãe, irmã, tios, avós) ou com meus amigos, portanto não será um desconhecido ou quem sabe um conhecido, que dará opiniões de como eu devo viver minha vida, cuidar do meu filho ou de como trilhar o meu futuro.
Por eu ser A mãe de dezessete anos as pessoas acham que eu realmente preciso de discursos motivadores  e de um tempo pra cá eu pareço estar vivendo em um livro de auto-ajuda (creeedo!), logo eu que nunca gostei dos livros do Augusto Cury hehehe.
Não sou a pessoa mais madura, mas isso não faz de mim uma completa idiota no papel de mãe e o mais estressante de tudo isso é as pessoas te verem como a criança com outra criança. Idade e maturidade nada tem haver, amadureci muito durante os últimos meses e permanecerei em eterna maturação até o fim da minha vida.
As pessoas acham que todos aqueles que constituem uma família cedo demais, sofre por isso e precisa muito da ajuda de todos os seres humanos do mundo, é isso mesmo? Não posso responder por todas as mães jovens, mas respondo por mim, e eu vou muito bem obrigada.
Se você se identificou com o time dos 'caridosos de plantão', uma dica: Não nivele por baixo, não sinta pena de quem você nem conhece verdadeiramente e principalmente olhe para você antes de julgar a situação de outra pessoa.
Minha vida não acabou por eu ter 'pulado' fases da vida, e talvez nem tenha deixado de viver o que tinha que viver, porque o que eu tenho pra viver e o que vale a pena viver, eu estou vivendo e ainda viverei. Tudo apenas começou agora, tenho muito que viver ao lado do meu filho e do meu Marcius que só tem me ensinado que se o passado foi bom, eu não preciso sentir saudade, porque o futuro será ainda melhor! ;)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Compartilhando

Quando Felipe nasceu, eu demorei um mês para colocar fotos dele nas redes sociais, por mim, ainda não teria fotos dele, mas os amigos colocaram antes que eu pedisse que não publicassem, então não seria de bom tom pedir que tirassem, não ia dar pra ficar escondendo, até porque já estava sendo repassadas por e-mail mesmo. O motivo de não ter colocado é que me preocupou um pouco a precoce exposição dele. No momento em que publiquei, as pessoas próximas já começaram a compartilhar, criar álbuns em seus perfis e me deixou um pouco receosa. Quando se publica algo na internet não se pode limitar quem tem acesso e quem não tem, aliás, eu posso fazer isso quando publico no meu perfil do Facebook por exemplo, onde só está adicionado pessoas próximas que eu conheço, mas a partir do momento em que outras pessoas publicam já não tenho mais o controle. No perfil da minha amiga 'A' onde ela colocou fotos do Felipe tem pessoas que não conheço, que talvez nunca vá conhecer, mas elas conhecem meu filho e podem copiar a foto dele, colocar em um site qualquer e talvez eu nunca vá saber disso. Pode parecer uma preocupação boba, mas eu me preocupo e muito com isso.
Hoje em dia as pessoas não tem mais muito controle de onde vai parar fotos suas, ninguém pede permissão antes de publicar uma foto sua em seu perfil pessoal. Acho até um pouquinho de falta de respeito e que esses problemas são ainda mais incômodos quando se trata de uma criança.
Algumas publicações realmente deveriam ser revistas... E você, já parou pra pensar em onde pode estar a foto do seu priminho, sobrinho ou filhinho?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sou eu quem precisa da minha mamãe

Ter um emprego, um primeiro emprego é muito importante para todos - pelo menos foi para mim -, mexeu com meu ego, me senti capacitada, responsável, independente e competente hehe. Mas eis que chega a maternidade, entro em licença 20 dias antes de ter o Felipe e começa o dilema, voltar ou não a trabalhar. Por um lado eu queria ficar com meu filho vinte e quatro horas por dia por pelo menos dois anos mas por outro queria voltar a trabalhar, ser a mamãe que trabalha de manhã e chega à tarde com saudade do filho, vai brincar com ele, bem estilo família de margarina, sabe?! Sem falar de poder ter uma independênciazinha financeira né...
Mas como eu queria amamentar exclusivamente até o seis meses, fiquei dividida, à princípio eu comecei a comprar potes para armazenar leite, duas bombas de leite, pensar em bons berçários e me preparar psicologicamente para a volta ao trabalho, mas nem tudo é tão simples assim... Tive muita dificuldade para retirar o leite com a bomba (sempre achei muito mais fácil tirar manualmente) e o Felipe não aceitou de forma alguma tomar leite no copinho. Então logo tirei a ideia da cabeça e decidi ficar com meu filho.
Minha licença acabou e pedi demissão a duas semanas, não posso deixar de dizer que foi frustrante no momento, porque era muito bom trabalhar onde eu trabalhava e eu tinha muita vontade de voltar, mas hoje sou totalmente feliz com a escolha que fiz e sei que fiz o melhor para meu pequeno. 
Sei que muitas mães não tem a chance de escolher ou não ficar com o filho, sei que sou até privilegiada por poder escolher e sei também que se todas as mães pudessem escolher, a maioria escolheria ficar com o filho. Eu sou só mais uma mulher que precisa escolher entre trabalhar e amamentar seu filho até os seis meses, isso é uma afronta ao que a OMS recomenda que é amamentar exclusivamente seu filho até os seis meses, é um falso  direito, aliás, é eu não ter o direito de dar saúde ao meu filho. é uma contradição. A sociedade tem que exigir uma mudança dessa lei já! Chega de leis que não nos aparam por inteiro. Quero ter o direito de ficar com meu filho pelo seis meses que ele precisa de mim a toda hora sem ter que sair do meu emprego!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Este lado para cima


Quando o bebê nasce, os pais entram para o clubinho do palpite, não importa se você tá em casa, na rua, no shopping ou no hospital, sempre terá alguém pra te falar que você não cuida direito do seu querido filhinho. Primeiro passo: respirar fundo, segundo passo: ignorar, terceiro passo: dar um sorrisinho; pois se você for discutir com o 'palpiteiro', não importa o que você fala, a experiência é a voz da razão e você está errado, ok?!

Existem hábitos que a alguns anos eram naturais e recomendados, mas que hoje em dia é reprovado pelos médicos. Colocar óleo, moeda, botão e até cinzas (JESUIIIS) no umbigo para o cordão umbilical cicatrizar e cair, empacotar o bebê porque ele não sente calor e... colocar o bebê para dormir de bruços(?). Os tempos foram mudando e hoje a recomendação é outra, mas vai eu colocar o Felipe de barriga pra cima pra ver, aparece todas as avós, bisavós, vizinhas e derivados do mundo para me falar que não sei cuidar da criança, falta me dizer que não sabe como o pequeno tá vivo sem os cuidados da pessoa. Até eu convencer a pessoa do que é mais seguro pro bebê, pro MEU bebê, o Felipe já cresceu e tá dormindo do jeito que quiser - brinks.

A questão é que as pessoas têm hábitos errados (pra mim), ás vezes até perigosos e quer nos convencer de fazer o mesmo. É claro que a maioria só quer ajudar, mas não se pode simplesmente ensinar alguém a ser pai ou mãe. Ser mãe é um sentimento que vem de dentro, ser mãe é um dom, se sente, se torna, não se faz curso pra isso.

Após o inicio de campanhas em outros países semelhantes a da Pastoral da Criança para incentivarem os pais a colocarem suas crianças para dormirem de barriga para cima diminuiu em 50% o índice de morte súbitas em bebês; campanhas essas que deveriam ser mais divulgadas...

Nós mamães de primeira viagem, precisamos sim de orientação, mas sem exageros. Um beijo para os conhecidos, vizinhos e senhora antipática simpática que quando me vê na rua tem que falar "Segura esse menino direito!", os palpiteiros de plantão. hehe


sábado, 19 de maio de 2012

A arte de amamentar


Sempre quis casar, ter filhos e amamentar, na teoria, porque na verdade, nunca me vi alimentando um ser com algo que saia do meu corpo. Mas quando fiquei grávida, não pensei muito nisso, e quando o Felipe nasceu e amamentou pela primeira vez foi muito emocionante, difícil, mas emocionante.
Os primeiros dias realmente não foram fáceis, o bico do peito feriu (mas nada que uma pomada não pôde resolver), o peito inchava de leite e o Felipe não conseguia mamar de direito e doía bastante.
Com o tempo as coisas melhorando, foi começando a entrar na rotina, se ajustando aos poucos. O Felipe sempre mamou na hora que ele quis. Aqui é livre demanda, hoje ele tá com 3 meses e 20 dias - quero amamentá-lo pelo menos até seus 2 anos -, mama bastante e sou muito feliz por isso.
O aleitamento materno estabelece uma conexão entre a mãe e o filho como nenhuma outra, tanto que o Felipe mama não só quando tá com fome, mas quando tá nervoso, com dor, com sono... E a única vez que eu precisei sair e tirei meu leite pra dar em um copinho pra ele, foi um escândalo, ele não aceitou de maneira nenhum, ficou sem tomar o leite e chorou até dormir (depois dessa não tive coragem de deixá-lo sem mim). Sofro por antecipação pensando em como será quando foi incluída as papinhas na alimentação dele.
E nem é preciso falar do bem que faz pro bebê ser alimentar do colostro nos primeiros dias, e o leite que protege de tantas doenças como pneumonia, meningite, bronquiolites, tem tantas proteínas, anticorpos que nenhuma fórmula de leite em pó pode dar a ele.
A mãe e o filho só tem a ganhar com o aleitamento materno, e se dependesse de mim não existiriam mamadeiras todas as mães amamentariam pelo bem das nossas crianças! 

Tantas polêmicas são criadas ao redor da amamentação, que me assusta, como os comentários que  li sobre a capa da revista americana Time que mostra uma mãe amamentando seu filho de 3 anos. Sinceramente? Enquanto quiser mamar, ele vai mamar e ponto final. Esse papo de que bebês que mamam até ficarem maiores traz problemas psicológicos é um dos papos mais furados que já vi.
Amamentar é um ato de amor para com a criança, e quem pode fazê-lo não tem porque decidir não o fazer. 



sexta-feira, 18 de maio de 2012

A (mais uma) pressão do parto

Desde o começo, quando comecei a pensar no parto, eu queria que meu parto fosse natural, lindo maravilhoso e fácil como o da minha mãe.
Fui na primeira consulta pré-natal com uma médica que já foi logo me avisando que ia sair de férias no mês que eu teria meu pequenininho. Pulei fora.
Me consultei com um médico em outro hospital que era especializado em gravidez de alto risco, fiquei animada, gostei dele, meu marido também e fomos pra segunda consulta, terceira, e aí que começamos a falar do parto e ele já deixou claro que fazia muito mais cesárias do que partos normais, fiquei preocupada mas continuei com ele, porque já estava com meus seis meses de gestação, trabalhando, estudando e sem disposição pra ir atrás de outro médico. Posteriormente descobri que ele tinha acompanhado a gestação de uma das minhas tias, a esposa do meu primo e irmã dela, o que me deixou muito mais tranquila.

Sai semana, entra semana e o que as pessoas mais perguntam "Vai querer cesária ou normal?" e eu toda feliz da vida respondia que queria parto normal, o que causava o estranhamento de muitos, porque hoje em dia no Brasil, 82% de quem pode escolher, tá escolhendo meter a faca e fazer cirurgia cesária
.
Desde quando a família soube que eu estava grávida, a pressão pra eu ter parto normal não pequena, era tia, prima, amiga da concunhada, papagaio, cachorro, falando que parto normal era o melhor, e claro, que eu concordo, é muito verdade; quando a gravidez é tranquila e na hora não tem complicação nenhuma, não tem porque ser cesária.

Mas eis que chega o dia, tô em casa assistindo TV, a bolsa estoura mas na hora não tive certeza se tinha estourado mesmo ou eu estava fazendo xixi nas calças, vou para o hospital, a plantonista já queria me levar pro centro cirúrgico na mesma hora, mas meu marido liga pro meu médico que tá chegando e não deixa ninguém me levar para lugar nenhum haha. E nada de eu sentir uma contraçãozinha sequer, era umas quatro horas da tarde, fui sentir contração lá pras  oito e meia da noite, e depois que as contrações começaram o meu médico chegou e viu tinha mecônio na placenta, falou que não ia dar pra esperar, e que tínhamos que ir pro centro cirúrgico. Nãããão, eu quero parto normal, 'por favor doutor', chorei, mas depois vi que era o melhor a fazer pelo meu filho. Menos de meia hora meu Felipe já tinha nascido, eu já tinha o visto, mas tava na sala de recuperação esperando a a anestesia passar. Depois fui pro quarto, amamentei meu filhote e foi quase tudo uma maravilha, tirando todos incômodos e dores e algumas pessoas falando coisas desnecessárias.
E foi depois de nascer o Felipe que comecei a ver blogs sobre parto, maternidade e tal, percebi uma certa 'separação' entre as mamães de parto natural e as mamães de parto cesário... Vi em vários blogs, algumas pessoas falando que cesária não era parto e que mães que não tiveram parto natural não saberão a emoção de ter um filho, mas PERA LÁ, eu sei a emoção de ter um filho, eu senti ele saindo de mim, foi um momento inexplicável, de muita emoção, pressão, alegria e por aí vai... Li até que eram menos mãe quem optava por uma cesária. não acho certo dizer isso de maneira nenhuma e em nenhum contexto.
E no começo, me senti muito mal por não ter sido capaz de ter meu filho sozinha, me senti incapaz e quem sabe, por alguns segundos, até menos mãe. Depois esse sentimento horrível passou e me bateu uma revolta de todos aqueles acham que são melhores por terem tido seus filhos em parto natural, espalhando por aí que toda cesária é eletiva porque Deus fez a mulher para ter seu filho sozinha (?).
E agora tô num momento em que quero difundir a ideia de que há casos e casos.
Enfim, esse assunto ainda tem muito pano pra manga e vou terminar esse post com uma publicação da minha tia Ju no Facebook:

"Cada um tem q se adaptar a sua realidade e sua saúde. O que serve para vc, pode não servir para mim. Por isso existe o PRÉ-NATAL. Onde o médico acompanha e verifica as medidas da gestante e evolução do bebê. Sou Agente de Saúde e acompanho "de perto" cada família... e sei que a saúde, na teoria e na prática, tem muita diferença. PORTANTO, cada mulher deve fazer o que for melhor para si e, principalmente, para o bebê. Que é quem merece toda atenção."
Um beijo tia Ju, e beijo a todos! 

Começando de novo


Olá, meu nome é Natália, tenho 17 anos < sim, sou muito nova! >, sou mãe, esposa e filha que ama muito seu filho, seu marido e sua mãe!

Já criei pelo menos uns três blogs sobre outros assuntos e apaguei-os um dia após sua criação, vamos ver ser esse aqui vai durar um pouquinho mais (espero que dure, pois tenho muitas coisas pra compartilhar, discutir e principalmente opinar)

Desde quando me tornei mãe e passei pro outro lado da moeda, comecei a visitar blogs sobre gestação, maternidade, partos e etc; e eu que nunca tinha tido sequer interesse em pesquisar sobre isso, me surpreendi com a quantidade de blogs relacionados ao assunto com opiniões muito variadas e que nem sempre eu concordo.  E por esse motivo fiquei com vontade de ter um espaço pra dar meus pitacos sobre esses – e outros assuntos - também.


Então vamos lá, mãos a obra!